Livro: O Lado Feio do Amor, por Colleen Hoover

O Lado Feio do Amor não é sobre um sentimento obsessivo ou nada assim. O “ugly love” seria a parte de um relacionamento que pode causar traumas, te impossibilitando até mesmo de se sentir capaz de amar de novo alguma vez na vida. É assim que Miles Archer se sente.
Tate Collins é uma enfermeira que acaba de se mudar para a casa do irmão, que é piloto de avião. Seu plano é ficar por ali somente o tempo necessário para que ela consiga um emprego e se estabeleça na nova cidade. O que ela não imaginava é que seu irmão tem toda uma vida que ela não conhecia, incluindo um melhor amigo e vizinho que logo desperta seus interesses: Miles. O galã, que também é piloto de avião, acaba também se sentindo atraído por Tate e eles iniciam um relacionamento do tipo “amigos com benefícios”. Entretanto, Miles deixa claro o tempo todo que não há chances deles serem mais do que isso.
A garota percebe que por trás dessas imposições de limites no relacionamento deles, Miles na verdade tem traumas do passado que o impede de se deixar levar. O vizinho, por exemplo, odeia perguntas, principalmente as que envolvem seu passado ou seu futuro. Cada vez mais envolvida por ele, Tate tenta desvendar Archer e fazer com que ele se abra um pouco mais.
Por mais que a história de Colleen Hoover foque em um relacionamento entre Tate e Miles que fica muito tempo na mesma, os capítulos intercalados que mostram o passado do piloto e o que aconteceu para que ele se traumatizasse tanto ajudam para que o ritmo não fique estagnado. Miles é um personagem de quem você às vezes sente raiva e em outros momentos quer abraçar e oferecer conforto. Acredito que essa seja exatamente a ideia de Colleen, já que esta confusão de sentimentos por ele faz com que o leitor entenda mais a situação de Tate, sem isso sua persistência se tornaria irritante.
A capa do livro passa a fazer muito sentido - e fica mais bonita - ao ler a história. As bolhas em alto relevo são super legais e diagramação do exemplar é ótima, a única coisa que me incomodou foram as páginas muito brancas, que não são tão confortáveis para a leitura.


Malu Sâmia

20 anos, está na faculdade de jornalismo. Gosta de fotografia, comédias românticas, shows, revistas, clichês bem escritos, de tocar violão e viajar. Está sempre com um livro e o iPod na mochila, coleciona ingressos de cinema e imas de cidades. É impulsiva, persistente, um pouco distraída e muito curiosa.

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